quarta-feira, 6 de maio de 2009

"Não ter obrigação de falar é uma felicidade."

Desta vez não tive dificuldade em lembrar o login para o blog. Fiz o e-mail exclusivamente para postar - sem a obrigação - e não me importei em desaparecer. Caracu-com-ovo, identidade feita às pressas, estava realmente com necessidade de escrever à época.

Agora me sinto mais à vontade do que nunca, o blog foi esquecido. Acontece que estou em transição. Escovei os dentes no quintal, olhando para o céu. Não existe sinal mais forte, encarei as estrelas. Raspei a cabeça, sou uma careca que usa xampu.

Sinto, sinto mesmo, falta de falar. Ao contrário do que pensei, o silêncio não me evoluiu na arte da escutatória. Tenho poucas pessoas para escutar, talvez seja mais fácil começar com pouco. Eu fujo delas. Não é nobre fugir. Amigo blog, por acaso é nobre dar um espírito pobre em troca de sorrisos e cumprimentos sinceros? Creio que não. Exijo a anulação dessa balança de nobreza que criei há vinte segundos.

Durmo em posição fetal, a posição dos carentes. Não estou mal, pois sinto vontade de fazer alguém sorrir. Eu sorriria junto. Quero abraçar algo, apertar meu peito contra qualquer coisa. Hoje envolverei o saco de pancadas pendurado no meio do quarto com os meus braços, e sei que vou rir disso. Rir de mim mesma, do saco, de Olavetes, de Galvão Bueno e Rubens Barrichello.

Cigarros estão caros, geladeiras estão baratas. Tenha uma boa noite, Internet. Acordarei com Direito Administrativo, Direito Constitucional, Arquivologia, Licitações, Português, Raciocínio Lógico e Conhecimentos Específicos. E você, Internet, acorde, simplesmente acorde.

3 comentários:

Kamilla disse...

Eu já li os novos textos umas vinte vezes. Vinte vezes cada um. Já olhei todas as novas mudanças, todos os menores detalhes, tudo. E daí vem a segunda parte "comentar ou não comentar?". Já demorei meia hora pra chegar aqui. É que com você eu sempre tento me encher de cuidados, tento fazer as coisas mais certas, tento acertar os detalhes, tento estar em um nível de mim que não atinge a grande maioria. Não que isso seja bom ou importante, mas eu acho que é o melhor de mim.
E é por isso que às vezes até tenho medo de comentar aqui. haha!
Eu fico pensando nessa tal transição, qual será a Hannah de agora? Será que ela irá me suportar ainda? hoho!
E eu fico feliz por voltar a ter vontade de falar, mesmo que queira fazer isso lentamente. Enfim... qualquer coisa que te faça bem é válida.
Eu acho que já falei coisas sem nexo demais. E se quiser pode sorrir junto comigo.

Um beijo.

Unknown disse...

Vc escreve com um desapego desconcertante...

Marina disse...

mesmo com um ano de intrvalo, seus textos me marcaram a tal ponto.. continuam me marcando... uma qualidade desconcertante. Um jeito de escrever tão real, tão natural...impossível parar de lê-la..